O Poeta Louco
O Poeta Louco
(Sávio Assad)
Pinta essa cara maldita na ilusão
dos caminhos perdidos, por amor.
Corre entre ruelas dos destinos
insultando a derradeira vida e dor.
Respira esse ar poluído e sem cor,
que me levaste a saúde, sem dó.
Canta essa melodia triste, pelos
campos em flor e alcança a plenitude.
Seja máscara de duas caras, assistindo
ao ritual macabro de uma noite, sem fim.
Chore, alto e descaradamente e não
mente ao soluçar entre paredes incolor.
Lembre sempre do caminho das pedras
e caminhe sobre brancas águas ao sabor.
Niterói - RJ - 18/6/2009