Enchente de Lágrimas

As nuvens vinham de todos os lados

Suspensas, fantoches dos céus

Desespero dos fracos telhados

E sorrisos destes dentes meus,

O vento vinha forte, devastava

As pessoas que voavam nas montanhas

O caos, por si, já se instalava

Nas pessoas comemorando guerras ganhas!

A cidade em festa! Ainda que alvo

Dos reinos metafísicos, metamorfósico

E o velho senhor, barba branca, calvo

Calmaria em tua cadeira de propósito!

A água que cai, enchente que vai

Devasta a cidade e sua paz

Como uma nuvem gigante que cai

Sem se condensar, hora tudo jaz.

Velas acesas, senhoras presas

Em tuas casas fracas como o gesso

Não havia mais cidade, só represa,

E a montanha virada do avesso!

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 20/07/2009
Código do texto: T1709358
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