Camarote para o raiar do sol

Tento te enxergar através da taça de vinho

Você me sorri em tom estranho

De um triste vermelho aguado

Já teus verdes se misturam

Dão uma cor que não sei nomear

Somente apreciar em silêncio

Já voam longe os lábios

E os elementos de um sorriso

Aos poucos se desfazem

O ar corrói tuas covinhas

E o pouco que sobra

É o que não se pode tocar

Não se preocupe, pois ganhei asas

Para colher tuas lágrimas cadentes

Me apropriei de nuvens pacatas

Para amansar teu pranto

E dar-te o camarote do raiar

(Aquele que você sempre quis).

Unilson Mangini
Enviado por Unilson Mangini em 08/08/2009
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