Sobre Bebida e Poesia

Bebo um tanto e penso nela,

Bebo pensando na vida,

Bebo pra curar ferida,

Bebo pra molhar a goela,

Bebo a cerveja que gela

Meu alcool corre na veia

Quem bebe vagabundeia

Mas tem bastante aleria

A garrafa está vazia

Mas minha cara está cheia

Já bebi todo o licor

que encontrei pela frente,

Quatro litros de aguardente

só me restou o fedor,

Bebo pra falar de amor

e encantar minha sereia

Mas se eu deitar na areia

Só levanto no outro dia

A garrafa está vazia

Mas minha cara está cheia

Bebo o mote e mijo a glosa,

Dedilho meu violão,

Bebo o amor, a paixão,

Bebo o perfume da rosa,

Bebo a poesia jocosa

Que o cantador pagodeia,

Bebo a rima que volteia

Minha birita é poesia!

A garrafa está vazia

Mas minha cara está cheia

Tarcísio Mota
Enviado por Tarcísio Mota em 25/08/2009
Reeditado em 26/01/2010
Código do texto: T1773679
Classificação de conteúdo: seguro