Falsa borboleta

Falsa borboleta

16:00

Uma lagarta bem malvada

lançou-me ar venenoso.

Eu tomo, então, minha espada

- ela, pensão no gozo.

Mas o que desejo e quero

é com a espada decepar

- com absoluto esmero –

a sua base capilar.

Sim, sim! Cabeluda lagarta!

Infame, dual e perniciosa!

Faz parte – sem saber – da malta,

das bestas que adora, audaciosa.

Nada mais a dizer tenho.

Nela, nenhuma boa farinha

Quer-me por espelho

para seus atos de rainha.

César Piscis
Enviado por César Piscis em 03/12/2009
Código do texto: T1958767
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