Falsa borboleta
Falsa borboleta
16:00
Uma lagarta bem malvada
lançou-me ar venenoso.
Eu tomo, então, minha espada
- ela, pensão no gozo.
Mas o que desejo e quero
é com a espada decepar
- com absoluto esmero –
a sua base capilar.
Sim, sim! Cabeluda lagarta!
Infame, dual e perniciosa!
Faz parte – sem saber – da malta,
das bestas que adora, audaciosa.
Nada mais a dizer tenho.
Nela, nenhuma boa farinha
Quer-me por espelho
para seus atos de rainha.