ENSAIO DA LOUCURA

Parece que aos poucos,

me desprendo da razão.

Seca-me o poço da emoção

e a luz se enfraquece,

me apertando o coração.

Será isso um aviso,

um rebento

ou um clarão ? Sei não .

Minha alma se apreende,

meus sentidos fugirão.

Ficarão sós os ouvidos,

hão de ouvir alguma voz.

Se abrirão velhas feridas,

com as garras do algoz

que persegue minha mente,

fingindo ser albatroz.

Ah,eu prefiro as gaivotas,

que livres, se lançam ao mar,

às coisas que me atormentam

e tentam me dominar.

Se sempre me ergo das cinzas,

como a fênix, renascerei a lutar.

Hei de abater força estranha,

nem que me custe surtar.

By: JüJü Martins, em 15/11/2009