Assombração do Apocalipse

Oh os meus olhos enxergam o fim do infinito

Em calafrios de real verdade

Mas que grita naquela triste Vida Severina

De um pobre desnutrido suplicando destruição!

Pois vejo todas aquelas calamidades

Nas cidades a violência sem nenhuma piedade

Onde reza não haver sequer autoridade

Que contenha a maldade

De uma pátria enfurecida!

Oh Antevejo dias horrendos nesse chão

Céu vermelho de sangue, chuva de corpos

No litoral todos morrem engolidos

Pelos escarcéus que caem do sertão!

E as mal traduzidas frases apocalípticas

Tornar-se-ão bastante claras a ponto de cegos lerem...

...Que mesmo se não enxergassem,

Arrebatariam seus globos oculares!

Oh assisto aterrorizado aos Mortos-vivos

Nadando sem direção

Em rios sem foz e podres de pus...

...cadáveres boiando em cruz…

É de fazer o diabo ter aflição

E ele aqui habitará!...

E quanto a mim, Ah vou-me embora

Abduzido sem arcanjo ou trombeta!

Diego Rocha