Inquieto

Inquietações emergem de minha pele

Como incómodas espinhas,

A vontade de meter o dedo surge como febre

Mas entendo essas ervas daninhas,

Quanto mais penso mais inquieto fico,

Minha mente não para,

Não me dá um tempo

Seja em escura noite ou em tarde clara.

Divagações sobre o começo e o fim,

Sobre o tudo e o nada,

Sobre o certo e o errado explodem em mim...

Minha cabeça lateja mesmo quando está parada

Necessito de um pedaço de papel,

Pode ser qualquer um, de qualquer canto

Como aquele que enrolava o pastel,

Somente sei que tenho que escrever, isto é fato,

As vezes fico farto de minhas inquietações

Mas não sei o que eu seria se não as tivesse,

Se não são elas que me tem em suas alucinações,

Só sei que essa inquietação insone estranhamente me apetece.

J