Insónia
Na noite escura
Escrevo solidão
Sob a penumbra
Procuro o descanso
Num gosto de ansiedade
A insónia agarra-me
Desavindo com Morfeu
Às voltas tento dormir
Remexo e remexo
Escondido pela vidraça
Olho o vazio das ruas
Procuro as estrelas
Imóvel, assisto à quietude
Os fantasmas estão à mesa
Gritam as partidas do destino
Estou confuso…
Sob o escuro, na solidão
O sonho parece pecado
Vezes sem conta
Desejo o fim da madrugada
Acabar com essa insónia
Num grito mudo
Terminar a agonia
Fechar a porta entreaberta
Amanhecer para um novo dia