Chuva de rosas
Já era quase dia e a lua desaparecia no céu,
Caminhava pela casa com um sorriso nos olhos,
E meus pés flutuavam entre as paredes frias,
Alguém lá fora me chamava,
Seus sussurros me entorpeciam,
E com passos leves eu seguia.
Abri a porta da casa,
E já via o sol a brilhar,
Por entre uma chuva de rosas,
Tua face a radiar,
Com um canto de melodias,
Entre espinhos a pisar.
Senti meu corpo na tua direção,
Por entre pétalas e espinhos,
Caminhava até pegar tua mão,
O sangue dos meus pés jorravam,
Como um vinho tinto da paixão,
Molhando pétalas e indo em tua direção.
Meus pés doíam, mas a dor era doce,
Como os teus lábios que logo tocaram os meus,
Por entre pétalas e rosas,
Beijos doces você me deu,
Pegou em minha mão a guiar-me,
Mas não desapareceu,
Guiou-me por entre a chuva de rosas,
Do chão de pétalas vermelhas,
Fez-me sentir em um céu,
Iluminado por estrelas,
E por entre o caminho que passei,
Levou-me a deitar.
Pude perceber o sol nascendo,
E o teu perfume junto das pétalas vermelhas,
Depois da chuva de rosas,
E todo o céu de estrelas,
Acordei de meu sonho,
Mas não tornei a vê-la.
Caminhei pela casa vazia,
Sentindo teu cheiro,
Enquanto todo mundo dormia,
Lágrimas desciam do rosto até o chão,
E da chuva de rosas,
Só restou minha solidão.