Chuva de rosas

Já era quase dia e a lua desaparecia no céu,

Caminhava pela casa com um sorriso nos olhos,

E meus pés flutuavam entre as paredes frias,

Alguém lá fora me chamava,

Seus sussurros me entorpeciam,

E com passos leves eu seguia.

Abri a porta da casa,

E já via o sol a brilhar,

Por entre uma chuva de rosas,

Tua face a radiar,

Com um canto de melodias,

Entre espinhos a pisar.

Senti meu corpo na tua direção,

Por entre pétalas e espinhos,

Caminhava até pegar tua mão,

O sangue dos meus pés jorravam,

Como um vinho tinto da paixão,

Molhando pétalas e indo em tua direção.

Meus pés doíam, mas a dor era doce,

Como os teus lábios que logo tocaram os meus,

Por entre pétalas e rosas,

Beijos doces você me deu,

Pegou em minha mão a guiar-me,

Mas não desapareceu,

Guiou-me por entre a chuva de rosas,

Do chão de pétalas vermelhas,

Fez-me sentir em um céu,

Iluminado por estrelas,

E por entre o caminho que passei,

Levou-me a deitar.

Pude perceber o sol nascendo,

E o teu perfume junto das pétalas vermelhas,

Depois da chuva de rosas,

E todo o céu de estrelas,

Acordei de meu sonho,

Mas não tornei a vê-la.

Caminhei pela casa vazia,

Sentindo teu cheiro,

Enquanto todo mundo dormia,

Lágrimas desciam do rosto até o chão,

E da chuva de rosas,

Só restou minha solidão.

Marcelo Biolchi
Enviado por Marcelo Biolchi em 08/08/2006
Reeditado em 01/03/2013
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