SERÁ? SEI NÃO!


Tenho consciência: sei que não sou nada não.
Em pouco mais que um milionésimo de segundo,
Represento menos que meio grão de areia.
Se eu morrer, nenhuma falta farei neste mundo.
Não provocarei rios de lágrimas, nem lágrima e meia.

Estou convicta do que sou: não sou humilde não.
Evite subestimar-me: sou orgulhosa, arrogante.
Quero dispor do que há de melhor na vida.
Detesto gente mentirosa, acomodada, farsante,
Dessas que me obrigam a uma noite mal dormida.

Olho em volta: não vejo ninguém santo não.
Percebo aqueles que ficam me observando
Ou pisam em ovos, como quem não quer nada...
Nos meus pontos fracos cutucam de vez em quando,
Mas com esses estou sempre bem antenada.

Saio de banda, porém tem hora que não dá não.
Isolo-me no quarto, sento-me diante do computador
Ou faço longas caminhadas para organizar as idéias.
Dou volta por cima, encontro um jeito de me impor.
Penso: pior que isso foi a guerra entre as Coréias.


Sou cordata, até que me obriguem a dizer não.
Vejo por todo lado pessoas muito agressivas.
Armam-se até os dentes, sem nem saber porquê.
Revoltadas, em crises de depressões sucessivas,
Acusam os outros daquilo que são –como se vê!

A Terra anda ruim, vocês não acham não?
Parece que a humanidade vai de mal a pior...
Para melhorar isto, proponho que solicitemos,
Com orações criativas ou que sabemos de cor:
-Ó, Deus Poderoso, acabe com esses extremos!
Sandra Fayad Bsb
Enviado por Sandra Fayad Bsb em 09/08/2006
Reeditado em 09/08/2006
Código do texto: T212967
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