Corre o tempo, desordena o mundo

Corre o tempo, desordena o mundo

A passos lentos, heresia e desordem

Desordena os reis, liberam-se chagas

E assim então, amantes se mordem

Sangue, talvez, miséria e desejo

Ainda que, tudo o que quis, só um beijo

Querem algo mais, querem meu couro

Tesouro pra quem nem o cheiro almejo

Mar hoje é vinho, que embriaga e afoga

Fora essa terra, alimento a quem chora

E chora assim, sem mais nem porque,

Sabendo que ele é espelho lá fora

E se deus vê, lá de onde ele mora

Tudo e todos, há de mui bem saber

Que nessa terra de marra e de dólar

Júnior Leal ainda está pra nascer.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 27/03/2010
Código do texto: T2162203
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