Suave delírio

Por você dona da minha doce amargura,

do meu prazeroso martírio,

da minha doença chamada amor que é sem cura,

do meu suave delírio;

vive o meu coração num intenso drama,

cheio de sensações cada vez mais estranhas;

da febre do amor delirante na chama,

cheio de segredos,suas artimanhas:

vejo,ouço;cego e surdo;pela sua voz me guio

à sua imagem cada vez mais distante,

e então choro e rio:

tendo ao menos sua imagem que já é o bastante...

Porém sinto seu perfume e me aumenta a ânsia

que cada vez mais pra você me impele;

beijo-lhe,como se não houvesse entre nós distância;

deliro no desejo de tocar sua pele...

De repente,tenho o pressentimento

que mesmo à distância lhe tocar eu pude;

mas é só,e tão somente por um momento,

logo percebo que é a febre do delírio que me ilude...

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 31/03/2010
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