Vinho e poesia

De perto um copo de vinho

na língua solta... tinto.

No corpo vestes de linho

esparso cheiro... absinto.

Na boca palato de poesia

e um cálice... semi cheio

de letras temporãs

No flanco madorna um verso solto

a lamber a palavra anfitriã.

Nas manhãs um sol de acordar

passarinhos... outonos cardinais

E nas tardes soltas

uma louca lua

seduz o poeta

ébrio de amor

a perambular na rua.

Fátima Mota