Indigente

Tenho fome

Nas ruas me abrigo

Nas noites...

O vão esquecido protege-me do frio

Sob o papel

O cartão aconchego o corpo

De vestes velhas e rasgadas

Corpo sujo

Deambulo em busca da esmola

Da bondade

Todos me negam

Ninguém me vê

Apelidam-me de indigente

Sem abrigo

Não me consideram gente

Negado por todos

As ruas a minha morada

O quotidiano sofrimento

Entre o cimento gelado

Votado ao esquecimento

Sem dignidade viva

Não sou exigente

Apenas preciso de ajuda

Carinho e atenção

Kadú
Enviado por Kadú em 06/04/2010
Código do texto: T2180364
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