Casa de Reboco
Sentado em uma pedra
Ao lado se vê a árida angústia
Que medra em teu olhar
Teus pés enfraquecidos
E tuas ávidas mãos
Dóceis e calejadas
Um suor escaldante
Um silencioso olhar
Somado ao eterno calor
Que o segue por anos de vivência
Tuas terras não conseguem progredir
Só sentimentos de dor e esperança
De que um dia, o primogênito
Adquira o conhecimento
E a intelectualidade que
Privaram-lhe durante a vida
A vida que lhe consome
A vida que lhe angaria
A vida que lhe conforma
Nesta terra
Que é do tamanho do mundo