Casa de Reboco

Sentado em uma pedra

Ao lado se vê a árida angústia

Que medra em teu olhar

Teus pés enfraquecidos

E tuas ávidas mãos

Dóceis e calejadas

Um suor escaldante

Um silencioso olhar

Somado ao eterno calor

Que o segue por anos de vivência

Tuas terras não conseguem progredir

Só sentimentos de dor e esperança

De que um dia, o primogênito

Adquira o conhecimento

E a intelectualidade que

Privaram-lhe durante a vida

A vida que lhe consome

A vida que lhe angaria

A vida que lhe conforma

Nesta terra

Que é do tamanho do mundo

Bruno Grossi
Enviado por Bruno Grossi em 07/04/2010
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