Croma

Os olhos se abrandam

Pelo semear da noite

Onde os lábios da dor

Descorrem sob os céus

A transcendente ternura

Das asas caídas

Impermeabilizam o chão

Que assim os pés caminham

Farpas e corpos

Surtos e ecos

Corrompem o caminho

Nos esquecidos lugares

Perdas sagradas se tornam

Os olhos do incompreendido

Os sintéticos dias cromáticos

Dos mais longos dias

Bruno Grossi
Enviado por Bruno Grossi em 15/04/2010
Código do texto: T2198379
Classificação de conteúdo: seguro