A madrugada
Elegia à Antonin Artaud
A madrugada fria e escura
O sussurro de uma noite
O histerismo de mais um dia
A negritude devassa cai sobre
O manto de um morto
Um morto sempre vivo
O calmo vazio inverno
Retrai o seu corpo
Em um terno olhar de desgosto
O resplandecer dos passos
A alma vangloriosa
Na mais melancólica
Madrugada