A madrugada

Elegia à Antonin Artaud

A madrugada fria e escura

O sussurro de uma noite

O histerismo de mais um dia

A negritude devassa cai sobre

O manto de um morto

Um morto sempre vivo

O calmo vazio inverno

Retrai o seu corpo

Em um terno olhar de desgosto

O resplandecer dos passos

A alma vangloriosa

Na mais melancólica

Madrugada

Bruno Grossi
Enviado por Bruno Grossi em 16/04/2010
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