Ventura
Sonhos! Delírios! Vomitam verdade
No esgotar das horas tristes
O esgazear que já existe
Nos olhos que permanecem com a idade
O corpo que esfria em demasiado desalento
Esvai-se do espúrio da morte
Ofegando em teu peito um forte
Do mais enfermo pensamento
Eis que sinto um tormento
Por mais que eu tente um lamento
Nos teus olhos a solidão
A esperança me parece pura
Na sombra não acho a cura
Acolho-me em meio tufão