Clarice

Elegia à Clarice Lispector

Da janela a vejo

Como uma simples estrela

Que espera sua hora de brilhar

O intervalo

É como uma oca alma

Aguardando sua própria morte

Pobre claridade

Pobre Clarice

De alma tão amarga

E mãos tão dóceis

Uma timidez ousada

Que afaga o pensar

Flores de outono

Flores de inverno

Flôr-de-Lis em seu peito

Esperando o amanhecer

Bruno Grossi
Enviado por Bruno Grossi em 27/04/2010
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