Clarice
Elegia à Clarice Lispector
Da janela a vejo
Como uma simples estrela
Que espera sua hora de brilhar
O intervalo
É como uma oca alma
Aguardando sua própria morte
Pobre claridade
Pobre Clarice
De alma tão amarga
E mãos tão dóceis
Uma timidez ousada
Que afaga o pensar
Flores de outono
Flores de inverno
Flôr-de-Lis em seu peito
Esperando o amanhecer