BOCA


Boca que proferi que dita e que faz, que vive
no recôndito da minh'alma a gemer em ais...
boca que clama que braveja meu nome, que
busca com palavras fáticas alimentar mentiras,
que vive mendigando amores,  ludibriando
frágeis corações
Boca que frementeia meu corpo que deixa
cicatrizes em minh'alma, que meu beijo
morde, que meus apelos acode; boca cura
boca impura; boca que delata meus vícios
que suga meu íntimo...
Boca que absorto molha meu lençol
em pensamentos clandestinos, boca
que indómita moteja meu corpo,que
prolifera o pecado, que escasseia
as minhas vontades que faz exaurir
minhas noites.
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Vantuilo Gonçalves
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 18/05/2010
Reeditado em 18/05/2010
Código do texto: T2264458
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