Não sou poeta, e jamais serei

Não sou poeta, e jamais serei

Sou apenas relator do que nada sei

Do amor, das loucuras, tristezas, enfim

Sou tolo, bobo de me expor assim!

Digo sim, meu desamores, meus sabores

Framboesas com paixão, compaixão às dores

Assim escrevo para poder dormir

Escrevo, simples! Poderei um dia sorrir...

Não sou poeta, não tenho meta, não

Cada desabafo meu, uma minha desilusão

São desencontros, contradições mil

Peta louco? Poeta bobo? Poeta vil?

Não, sou amante meu e dela também

Quase sempre, apanho a mim mesmo como refém

E se me chamar de poeta, sabe o que direi?

'Só escrevo coisas de que nada sei!'