Meu Canto Vil

Vou andar

Com castas ideias

Num mundo desgastado

Onde pensar filosofia

Chamam de vadiar

Sem resenhas de soluções

O infinito fica esgotado

Carrego um lastro

Caso possa voar lasciva

Na alcova d’algum demente

Assim expulsá-lo para subir

É o desapego um mastro

Que repasso ao tempo

Meu único confidente

A glória é senil

E tanto vagueio em esperas

Revidando sortilégios

Em linhas sem mãos

Que meu canto é vil

Só alcanço o alvor

Em alicerces régios

Nadilce Beatriz
Enviado por Nadilce Beatriz em 28/09/2010
Código do texto: T2525952