Absorto

Absorto

No suor dilacerante

Ao extremo pesar da poesia

Onde dói, onde divaga

Um desconserto mental

Que não cede

Nem nunca pára

Nem desfalecido de morfina

No corpo um fardo

Por alimentar em letras o sentido

Nem tintas em demasia

Nem lágrimas no leito

Afoga-se em palavras

Tão doces e pesadas

Como da verdadeira

E sincera poesia

Bruno Grossi
Enviado por Bruno Grossi em 05/10/2010
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