Sexta-feira é o dia!

Era uma sexta-feira.

Havia olhares. Olhares que não tinham cores.

Mas ele trabalhava. Trabalhava.

Nem carnaval. Nenhum feriado.

Mas a sexta feira sim. Era esperada...

No café da manha a esperança.

Esperança de deixar o suor e soltar-se na poesia da noite.

O dia passava; a vigilância também.

Eram olhares encomendados.

O almoço esquecido. O suor aumentado.

Pressa para voar. Voar como os pássaros.

Só com a brisa. Sem suor.

Olhar e viver a vida de todos os ângulos.

Pelo fio que entrelaçam os satélites ouviu a sua metade.

Ela também esperava ansiosa. Sexta-feira – o dia especial.

Nos fios de toda a cidade os olhos dos fios de satélite.

Havia um cerco. Nem notavam.

De mãos dadas mergulharam no Oceano da sexta-feira.

Alegria e festa. Outros vieram.

Cercados e encurralados. Não perceberam.

Acordaram no tumulo fora do cemitério.

Jaeder Wiler

jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 02/10/2006
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