Nó, nú, mudo e cego..

Os grãos transcrevem minhas ideias

pequenas e inaudíveis,

elas não falam, nem gritam,

[as minhas também não].

Fugiram os grãos, todos juntos,

no castelo que desmoronara...

Foi embora como o sol vai um dia de nuvens...

e então, todos os dias possuem nuvens,

e sonhos,

e nem todos têm o mesmo gosto.

Muda como a roupa, o tempo, o som, o tom e o nó.

Deu nó e fez doer,

nó, nú...

deixando-me nú...

em pêlos, em jóias e desejos,

mas logo passam também tais nuvens,

não há de ser nada.

A noite logo passa!

E chega!

E passa!

E tudo volta a ser como era, bem diferente!

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 12/12/2010
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