TECLANDO NOITES INSONES

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TECLANDO NOITES INSONES

Teclo mornos dedos,

estremecidos no frio

táctil da noite

congelante.

Dos poros entreabertos,

arrastados na preguiça

de tocar areia arrepiante.

Teclo desejos

fumegantes em dizer.

Teclo expor-me

nua da vontade

em expressar-me.

Sonho exaurido

da noite que espreita

instantes íntimos.

Teclo, martelo, bato, espanco,

necessidade de gritar letras.

Poesia espremida sai

em pequenas gotas farpadas.

Laranja seca, com vísceras

expostas, caixão calado no silêncio

mortal ,onde gritam apenas

noites que se esvaem.

Teclo!

RJ - 18/09/2005

Ivy Gomide

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Ivy Gomide
Enviado por Ivy Gomide em 22/10/2006
Código do texto: T270684