SUTIS DEVANEIOS

Devaneios tortos invadem minha mente!

Ora menina! Se assim não fossem (tortos)

Como conseguiria divagar tão intensamente?

Muito menos iria alçar teus belos vôos

Não poderias devanear!

Desprenda-se do certo, do correto, do coeso

Quebre essas regras... Solte as tuas amarras

Para que possas flutuar nesse belo processo

Permita a voz de sua essência oblíqua

Confusa, incerta, disforme, insana...

Mergulhe fundo... Navegue soberana

Pelas águas majestosas dessa magia

Quantos pudores reais valem tuas fantasias?

Prove um pouco do melhor delírio

Deixa de lado tanto martírio

Entre comigo na mais pura sintonia

Saboreie o desatino de encontrar-se a si mesm@

Ainda que por poucos, mas intensos, instantes

Nessa viagem sublime ao seu eu desconhecido

Faça valer todo o teu conhecimento adquirido

Se jogue dessa pedra incólume que lhe prende

Encontre um pouco de instabilidade...

Há muita coisa boa nesse mar de ansiedade

Força, coragem é o que daí lhe resultará

De frio na barriga por não saber onde pisará...

E quando pisar experimente passos leves

Como o voar sereno de um ultraleve

Não temas e ponhas tudo em poemas

Conceda danças, olhares e toques

Ilusões, decepções, desencontros...

Contribuem para desenhar a tua história

Registrados na doçura desses encantos

Cantos, solfejos, cantadas e encontros...

Com seu ente, seu ser, seu devir, seu dasein,

Isso não é ser doente... Ouça vozes do além

Dê uma chance aos mistérios de Matusalém

Que lhe permitam ser assim...

Viver devaneando e devanear com vida...

Para tanto pode contar com este 'brando'

Que da névoa vejo a luz te anunciando.

Dueto: Denise Viana e Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 07/01/2011
Reeditado em 07/01/2011
Código do texto: T2714592