Pegue do barro
ou da argila
e imagine...

Coloque sua mão,
seu coração,
sua emoção.

Então amasse,
molhe, amolde
- até ferí-la.

Dê-lhe um formato,
algum caminho,
um jeito brejeiro,
inteiro, feito oleiro.

E transmude
a matéria-prima
como eu faço com a rima
das poesias que exalo,
e as quais empresto
o seu contorno exato.

Assim (enfim) verá que surgirá sozinho,
na ponta de seus dedos, o meu retrato!

Silvia Regina Costa Lima
12 de janeiro de 2011



SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 14/01/2011
Reeditado em 14/01/2011
Código do texto: T2727803
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