À vontade
Sinto vontade de chorar
De gritar, de sorrir.
Vontade sair correndo e dizer ao mundo que estou certo
De abri a janela e escancarar a boca, como um débil mental.
Vontade de criar mundos e catástrofes que só acontecem em iminha cabeça
Vontade nascer de novo, e morrer com a placenta.
De viver como animal
Desejo...
Saber a realidade
Esta sinto que me aproximo.
É longínquo mais é perto
É distante e deserto
Vou afundar minha cabeça no além
E fazer minha moradia no fogo
Das brasas surgiram árvores verdes
E do amor à ilusão
E o coração só irá bater e nada mais
Na verdade sinto vontade de sentir
De brigar com a parede do banheiro
E ver as coisas horrendas no vaso
O vaso de deus é a terra
Onde ele joga todas as fezes
E o inferno talvez seja o esgoto
Onde se deposita a maior quantidade delas
Mas enquanto estou aqui vejo um enfermo chorar
Está com medo de morrer e diz “salve-me”
Então eu digo “eu te salvarei meu amigo”
Enfio uma adaga em seu coração e ele sorrir
Pois lhe dei a liberdade que ele tanto queria
E o livrei do gozo da podridão...
Não sei se fiz certo, mas agir pela emoção.