Diário de um louco.

Um par de mim mesmo

Seria, seria, mais notório

Do que aquele

Que se deixou copiar

Do fundo ainda do eu

Na parte física

Sem o teu

Verdadeiro consentimento.

Afora ronca o peito dormindo

De longe esta o mais próximo

Que não consegue participar

Da minha própria guerra.

Um tempo que não foi leal

A indumentária do incapaz

De resolver o problema

Onde só se pensa que o mundo

Pode acabar sem nada existir.

Quando se pertence

A tudo que não queria pertencer

As forças que não assumem

O limite que empata

O avanço da metástase

Trazendo para esse louco

A doença do século.

Sem descobrimento morre

Agora enterrado, nem lembrança

Já era

O portal se fechou

E do outro lado

Ele que sou eu

Guardou - se

Na terra fria.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 28/10/2006
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