Dralia

Por entre raios de sol de uma montanha em nevoa

Estou assobiando no caminho em meio a selva

Pensei em algo pra te dizer depois de tudo

Mas descobri que o depois não existe

Só não gostaria que voce ficasse em luto

Queria cantar algo que não seja de dor

Que me envolva de espirito e alma

A esse pedaço de mundo, de trevas e rancor

[pra voltar

Mas parece que ele me suga tudo

Enquanto voce dorme eu piso nas folhas

Rastejando entre a neve

Congelando de frio

Sei que voce gosta de ouvir histórias

Sobre um aventureiros desconhecido

Que nao tem pra onde fugir

Lutando por algo mais

Morrendo coroado de glorias por outros

Descansando em túmulo de mármore branco

Com mil palavras de poetas de taverna

A dama dos bosques gelados de Yhagar

Lá a dor é como o calor, divertida e rara

Saboreia olhos tristes de uma nova catástrofe

Finge que se rende a pequenas magias

E aprisiona as pobres almas vencidas

Em labirintos psicodélicos envolventes

Vagando pra nunca mais voltar

Que deixam Yhagar em noite eterna

[seu lar

Um passo errado e amanha é um abismo

Então não me coroe de glorias,

Faça embaixo das árvores de Outromer,

Um túmulo de pedra rústica

E escreva com meu próprio osso:

"Não sou alguém sem sorte

Quando morri nem senti dor

Pois encontrei na morte

Minha unica forma

De mostrar todo meu amor".

Icaro, caçador de sabujos.

Aquila Monteiro
Enviado por Aquila Monteiro em 01/11/2006
Reeditado em 19/05/2007
Código do texto: T279007