O VENTO DA MORTE É FRIO

Sou transparente,

Sombra pendente,

Não tenho mais olhos,

Vejo apenas os entulhos...

Amor com o sentimento perdido,

Calor de uma vadia perdida,

Carícia sublime vendida,

Derramei o meu interior consentimento...

Entre as vontades cristalinas,

Escorrem amadas lágrimas,

Pensamentos intensos e consumidos

Como uma sobra ou sobremesa de desatinos...

Pedras claras de fogo,

Papilas em doce jogo,

Mortas em mesas frias,

Estão as flores e as sofias...

Dormentes as sementes,

De visões descontentes,

Raízes profundas,

Nas cascas, camadas e catacumbas..

Kulayb
Enviado por Kulayb em 17/03/2011
Código do texto: T2853744
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