Meu olhar alucinado de adeus.

Sinto uma dor mansa que me cansa

De não ver mais tuas risadas descabidas

Na tua cara limpa e debochada

Sinto falta da tua voz límpida e nítida

A me contar histórias obscenas

Em pequenas cenas do cotidiano

No diário insano de uma poeta

Sinto a fragrância atrevida do teu corpo

Nas manhãs ensolaradas e quentes

Mesmo quando sei que estás ausente

Assim fixo meu olhar alucinado de adeus.

Em iludidas coreografias de dor e nostalgias.

07.03.2010

Marisa Piedras
Enviado por Marisa Piedras em 07/04/2011
Reeditado em 17/06/2011
Código do texto: T2895377
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