A MORTE DO TEU AMOR

Se o teu amor que morria

intrigado, agonizante,

Sem zelo, sem autarquia,

Sem um fado adiante.

Não socorras, que morra!

Se deseja ele mesmo morrer;

Confinou-se na masmorra

Para nunca mais viver.

Se deseja se isolar dos mundos,

Das sendas dos amantes,

Dos beijos mais profundos

Nos corações palpitantes.

Verá adiante o tíbio clarão,

No fim do túnel a luz quimera!

Vai lhe escurecendo a visão,

O último suspiro que espera.

Não vou, não quero velar,

Não estarei a ver sepultura,

Nem os sete palmos cavar

Ou chorar sua desventura.

Se quer morrer o teu amor,

Que ele morra sozinho!

Se se entregou ao langor,

Escolheu seu acerbo caminho.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 22/04/2011
Reeditado em 07/09/2016
Código do texto: T2923834
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.