DELÍRIOS!
Emaranho-me, num engodo por puro prazer,
E o pensamento torna-se correnteza,
Não sou mais eu, sou naufrago de mim.
E inda sim, me pertenço!
Há uma bruma de loucura que desconheço.
Expressões desgastadas nas faces que admiro.
Se o meu olhar fosse tão nu quanto o dia,
Fecharia as cortinas por puro zelo...
Até cessar a embriagues dos pensamentos,
As fantasias de um momento, de um quadro insonoro,
Que por vezes pinto.