Queria Ser só, Seu Amigo

Sou um manto branco, que te envolve

Meus lábios trêmulos que te tocam

Confessam um não sei o que do sabor

E de repente o tudo é real para nós.

Falta o ar que respiramos juntos

A vermelhice que cora o rosto

O brilho nos olhos da gente

O torpor dos corpos a conspirarem,

A umidade da pele no momento

O medo do não acontecer no querer

O compromisso existente na hora

Porquê, porquê, porquê...

Estou com medo do momento

Amanhã o que é que eu faço

Você vai embora, eu fico sozinho

E a saudade volta de mansinho.

A dor vai explodir no meu peito

Eu vou sair por ai gritando,

Por favor, não vá, não vá,

O tempo não para não para.

Acho que vou ser só seu amigo

Paixão assim não da, não da.

Talvez quando o inverno chegar

Meu coração já te esqueceu.

Marcelo poeta
Enviado por Marcelo poeta em 12/05/2011
Reeditado em 12/05/2011
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