Fale!
Fale o que é, vê e vive a sofrer
Aponte o dedo, a tudo indague
Inquira o sentido
E se embase
Não queira dourar o chumbo
E, feito Édipo, furar os olhos
Fale sem medo
Não se cale
Não queira fugir, jogar a toalha
Morrer e aí permanecer de pé
Fale pela justiça
Fale pelo que é
Preferível pesar o compromisso
À paz do “não quero nem saber”
Fale, fale, fale, grite!
Afronte o não viver