PsicologiaS: discurso de uma aprendiz inquieta

Que ciência é essa que possui cheiros, rostos, visões?

Que ouve o improvável,

Que vê o impossível...

São vozes que vêm de fora e que invadem os pensamentos...

São vozes de dentro que despertam o sofrimento...

São espelhos que refletem uma imagem fragmentada.... Um corpo cindido...

São discursos de um REAL incoerente que traduzem verdades da alma.

Existe DOR! E a dor, aqui, tem voz, nome, identidade...

Variáveis controladas? Previsibilidade? Causa e efeito?

Um ‘VIVA’ a complexidade!

Louca desrrazão de histórias calcadas em leprosários, em naus com cargas insanas e com marcas indeléveis de segregação! Há conceitos pra ti?

Arrisco em rabiscos tímidos registrar a desrrazão como uma forma de funcionamento neste mundo de loucos.

Louca eu, louco você que tenta compreender a psique humana.

Na Psicologia a prepotência é sinônimo de fracasso porque induz ao reducionismo!

Ao contrário, a consciência da diversidade e da complexidade da vida coloca-nos face nossa própria limitação na tarefa de compreender o torna-se HUMANO.

A Psicologia é plural: são PsicologiaS!

A ciência da reconstrução!

Da arte que dá sentido a peças transformando-as em mosaicos, recortes de jornais, revistas, pinturas, musicais e escritos.

Um quebra cabeça... Um livro da vida sempre inacabado e sem pontos finais.

(Palavras escritas após colação de grau em Psicologia)

Danielle Faria
Enviado por Danielle Faria em 18/05/2011
Código do texto: T2977103
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