O Vôo
Eu quero fingir que sou feliz
Subir ao céu em meu zepelim
Observar do alto a natural matiz
E a sua beleza sem fim
Quero dizer ao poente adeus
Poder tocar as nuvens leves
E sentir o fresco hálito de Deus
Vendo o tempo sumir em minutos breves
Vou descendo devagar aos poucos
Trazendo meus enlevos ao chão
Vou pousando meus devaneios loucos
Para evitar uma iminente colisão
E de novo volto a pensar
Nesses sonhos mirabolantes
Como eu queria voltar a voar
Como eu queria idear como antes.