Malditos benditos
Maldito amor o nosso se caímos
Na armadilha mortal dos casais,
Se queremos querer e dês - queremos,
Se começamos o living pelas grades.
Maldito seja o hall dos despachos,
Os anjos dormidos na rama,
O garrafão do bar dos garotos,
O brilho dos trajes da fama.
Malditas sejam as lutas fratricidas
Entre o macho e a fêmea, resignados
Ao duelo de julgamentos homicidas.
Malditos sejam os gritos desafinados,
Malditas sejam as bocas desabridas
A justiça dos injustos.