Sumidade

Uma raiva contida de um momento

Momento efêmero

Nele não tenho saída

Não sei por onde ....

Livrar-me desta cólera maldita

Fecho os olhos e coração

Para qualquer ser sem inspiração

Era agonia, angustia, que sofri

Oh! DEUS! Como sobrevivi?

Ainda pouco cruel e fria

Renegar o amor que ainda havia

E aqueles instantes que ainda ouvia

E naqueles malditos braços

Entrava em abraços

Inocente como um anjo

Infantil amor, sem calor

Sem temor....

Bendita idiotia!

Por qual me perdia

Ao acreditar

Que um dia talvez

Queria...

Um ser completo

E perfeito

Mal sabia...

O Ser

Grotesco, imundo

E perdido nesse mundo

Que a vida me trouxe

Sem medo!

Mas aprendi

Que como um todo

Nada é simples

E sim

Complexo

Mais minha sumidade

Levou-me a realidade...

No pleno reflexo

De seu amor...

Camila Monteiro
Enviado por Camila Monteiro em 13/12/2006
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