Aborígenes do Amor

E beija a boca que te deseja,

morde, assopra e incendeia

na fogueira do teu querer.

Assim vai ser bom de se ver...

No encosto, no arrocho, no acocho.

Fico sem ar, minha moça

Balbucie palavras plenas e

cheias de centelhas que

são chamas alucinógenas,

em área erógena...

A maciês da pele não repele

O toque suave e envolvente

Lábios que passeiam salientes

Por todos os poros e vertentes

Ela é a explosão em teu corpo cru.

Em estado de graça - tu pedes nu,

que ela beije, cheire e toque...

E ele aceita com paixão a reboque

Pedindo que não o sufoque

Entrega-se inteiro à magia do amor

Implore por carícias ronronadas,

arranhadas, libidinosas e gemidas...

Assanhadas, tateadas na penumbra.

Aproveita e se farta...

Mas com estremo cuidado ao infarto

Menina saliente e fogosa

Boa de cama e de prosa

Como sabe ser deliciosa

A lua está cheia de malícias.

Abre as suas fases às sevícias

Deseja que se faça o eclipse

Quer estar em teu corpo virgem,

sentir vertigem,

Ela sabe bem da sua origem

Preparou o saco de carinhos...

E vai com tudo nessa viagem

Em queda livre tal anjo entre

O Caos e O Apocalipse.

E nem quer saber do disse me disse

Tremula suas coxas roliças.

Implore a tua deusa Afrodite que

mergulhe nesta essência aborígene.

Está com o talo até o gargalo

Hábil selvagem empunha o falo

Derrama na gruta a semente

E a degusta... Tão carente!

Em borbulhas ferventes,

tu és puro mar de lavas.

Vulcão fervilha sua erupção

Escorre arrepiado de excitação

Que te lava de suor quente,

Fremente tal qual demente

Arrebatando-te em desassossego,

A boca louca em sutis arremedos

Tirando-te o fôlego e o medo.

Enquanto aspira e inspira, devora-te,

devolvendo-te tal Esfinge o segredo.

Duo: Luciana Rocha e Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 01/09/2011
Reeditado em 01/09/2011
Código do texto: T3194095