Desejos Inevitaveis

Porque nascemos entre ambos os lados da mortalidade? A mortalidade de ser a borboleta dependente do seu desejo e o fogo que permanece aceso enquanto se alimenta?

A borboleta sempre livre a voar em seus pensamentos, mas servil ao se falar do pecado de seu desejo. Ao anoitecer de suas vidas perambula a passadas vagarosas sobre o luar sombrio até que acontece, simplesmente acontece à fascinação do fogo. Fogo que deslumbra o olhar consome o meu ar com um só aperto no coração mortal, mas mesmo pressentindo o pecado do desejo ela continua serena e servil em direção a tão inesperado embora cobiçado calor daquele inusitado elemento.

Sem hesitação o sacrifício de corpo e alma acontece, a borboleta se entrega ao fogo que simplesmente a consome, absorve por inteiro até não restar mais nada a que se lembrar somente por ele mesmo ator principal da tragédia vitoriana, mas a borboleta poderia simplesmente ignorar o chamado, evitar o sacrifício a poucos passos do seu pecado enquanto sentia o seu mau que se tornava tão bom derreter cada retalho do seu ser para que um só sobrevivesse.

Não é o que acontece, ela nunca aprende a lição se por assim dizer a sua sobrevivência vai depender de quanto o fogo deseja te obter e mesmo sobrevivente solitária da épica batalha perdida entre sentir, desejar e pensar ao próximo pressentimento de seu novo pecado ela vai desesperadamente ao encontro da sua fascinação.

Pequena Obs: Borboleta figura feminina,A Mulher / Fogo elemento masculino,O Homem

Marquês Dz
Enviado por Marquês Dz em 01/01/2007
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