Poeta é assim…

O poeta é meio assim

Joga o barro na parede

Se vier a colar... Colou!

Mas, se não for colar...

Ele sai logo a declamar

Porque sabe que importa é amar

Compõe a mais de mil amores...

Todas suas alegrias, dores e flores

Que saem em forma de centelha

Em conteúdo que nem se imagina

Depois o leitor lê e nele se espelha

Se ele está frio... Aquece-se da chama

Já no calor... Refrigera-se e proclama

Fica feliz por resquícios de nada...

Ao saber que buliu na sua emoção

Ao constatar que seu verso não foi em vão

E quando pensam que aquietou o seu facho

Lá vem ele como espírito em pleno despacho

Já imaginou este mundo sem o seu toque?

Hospitais e hospícios estariam lotados

Ainda não encontrei melhor remédio...

Para acabar com todos os tipos de ódio e tédio

Que este de dar evasão ao que entra no coração

Então me perdoe... Por ser tão abestalhado!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 14/12/2011
Reeditado em 14/12/2011
Código do texto: T3388912