Vã Paixão

Nos recôncavos sombrios

Dentro do meu coração

Corre sofrendo os rios

Que choram por vã paixão

Cavalgam rudes cavalos

Selvagem natureza nua à dor

E o vento é tempestuoso em suspiros silenciados

Dor nua que corre nas águas cristalinas do horror

E mudo uivo na agonia

Transpirando a inquietante poesia

Que já percebo perecer como putrefata carne humana

E me consome tal desejo

Que já não sou singelo amante

Mas abutre faminto delirante

Isaías de Souza Pádua
Enviado por Isaías de Souza Pádua em 10/01/2007
Código do texto: T341950