Sem arrependimento

Ele me olhou nos olhos,

se aproximava com rapidez,

o vinho o deixava sagaz,

e a minha censura o mantinha

longe outra vez.

Lembro de acordar sem roupa,

com o cabelo bagunçado

e o sapato do lado,

não tinha flores,

lembro apenas das dores.

O homem dos olhos negros

era bem trabalhado e para minha falta

de sorte, sua mulher estava longe

da morte e a realidade,

é que da sua mulher eu

tinha um grande amizade.

Não me arrependo,

e não penso em lamentar,

minha grande amiga,

se enganou, por em mim acreditar.

Já havia avisado que

com vinho, de verdades

tenho trocado, não vou

falar mais nada, me julgaram

como a vingada, pois o homem

da meia noite era apenas meu marido.

Milena Miranda
Enviado por Milena Miranda em 09/01/2012
Reeditado em 09/01/2012
Código do texto: T3430138