Delirium Tremens

E ja que me perguntas te direi

Que sei o que é ter catorze anos e estar morto.

Lobo do mar ancorado na cidade

Cansado de esquecer uma mulher em cada porto.

Impudico animal sem pedigri viciado ao elixir das garrafas

Missogeno aprendiz de sedutor

Que canta rock and roll

Para exigir das estrelas.

Olhos que aprendem a olhar

Labios que queimam

Sabios que ensinam a beijar

Delirium Tremens

Filhos da necessidade

Chuva de semem

Maltrata-me por caridade

Delirium tremens.

E ja que ensistes deixa-me acrescentar

Que sei o que é dormir nú em uma cama e algemado.

Na interpérie da multidão

Cravado em uma cruz

Com um ladrão a cada lado.

Viajando do jamais pro sei la onde

Como um Indiana Jones

Pelos suburbios da lua

Conselheiro da torre de Babel

Rapsodia de bordel

Que busca em todas e em nenhuma.

Teias de aranha na roupa

Tigres no balcão

Escorpiões na boca

Medo no coração

Maldito seja satanas

Tire a mascara

Neste espelho não cabemos os dois.

Eu sei todos os contos

Rejeitei os sacramentos

Reneguei do velho Bob

Vaguei por centos de cidade

Me conhecem em todos os bares

Mas não sabem quem eu sou

Há um palacio no inferno

Construido sobre o fogo

Onde reina o rei dos que temem.

Cai rodando um menino

Pelas escadarias do delirium tremens

Um dos tremens.

Joaquin
Enviado por Joaquin em 21/01/2012
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