Esta boca é minha.

É melhor que não tenhas que eleger

Entre o esquecimento e a memória

Entre a neve e o suor

Será melhor que aprendas a viver

Sobre a linha divisória

Que vai do tédio a paixão.

Não deixe que te impeça de galopar

Os latidos dos cachorros

Nem a inveja de Caim.

Que não te de insônia por contar

As gaivotas do desterro

As amapolas de Paris.

Te enganas se me queres confundir,

Este poema desesperado não tem orgulho nem moral

Só se trata de poder dormir

Sem discutir com o travesseiro

Onde esta o bem onde esta o mal.

A guerra que se aproxima explodira

Amanhã segunda pela tarde

E você no cinema sem saber

Quem é o mal, enquanto a cidade

Se enche de árvores que ardem

E o céu aprende envelhecer.

Saia dai a defender o pão e a alegria

E saia dai para que todos saibam

Que esta boca é minha.

Joaquin
Enviado por Joaquin em 28/01/2012
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