CIÚME DOENTIO

AMOR DOENTIO

Matou por ciúme doentio

Morreu por ciúme doentio

Ambos amavam-se em demasia

Até que morreram um dia

A vida era uma loucura

De possessão insana

Era uma doença sem cura

Era posse mundana

Viviam sempre agarrados

Não se largavam um momento

Com sentimentos arraigados

Num só e duplo sofrimento

Tinham-se ao extremo

Parecia coisa do demo

Não havia um dia de paz

Era uma relação voraz

Um dia de desconfiança

Provocou a matança

Ele a esfaqueou

E a seguir se matou

Já estavam mortos há tempos

Não havia mais argumentos

Que sustentassem aquela vida

Desde há muito sofrida

Acabou como tinha que acabar

Não podiam mais de forma alguma estar

A viver daquela maneira

Um doente amor sem estribeira

Morreram o belo e a bela

Originando uma irreparável sequela

Doença incontrolada e desprovida de razão

Morreram das dores da paixão

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 03/02/2012
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