CIÚME DOENTIO
AMOR DOENTIO
Matou por ciúme doentio
Morreu por ciúme doentio
Ambos amavam-se em demasia
Até que morreram um dia
A vida era uma loucura
De possessão insana
Era uma doença sem cura
Era posse mundana
Viviam sempre agarrados
Não se largavam um momento
Com sentimentos arraigados
Num só e duplo sofrimento
Tinham-se ao extremo
Parecia coisa do demo
Não havia um dia de paz
Era uma relação voraz
Um dia de desconfiança
Provocou a matança
Ele a esfaqueou
E a seguir se matou
Já estavam mortos há tempos
Não havia mais argumentos
Que sustentassem aquela vida
Desde há muito sofrida
Acabou como tinha que acabar
Não podiam mais de forma alguma estar
A viver daquela maneira
Um doente amor sem estribeira
Morreram o belo e a bela
Originando uma irreparável sequela
Doença incontrolada e desprovida de razão
Morreram das dores da paixão